Medição no Solimões indicou 32 cm negativos nesta quinta-feira (9).
Órgão monitora nível de água em rios da Amazônia desde 1971.
O nível de água no Rio Solimões atingiu taxa recorde e é o mais baixo em 30 anos, o que representa maior risco de isolamento fluvial em cidades no interior do Amazonas. Segundo Marco Antônio Oliveira, superintende do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível de água registrado nos dois pontos de medição do órgão na região superou a taxa observada em 2005, a mais baixa até então.
A medição do nível de água no Solimões indicou taxas negativas de 32 cm nesta quinta-feira (9) e de 20 cm nesta sexta-feira (10), segundo informações do último boletim gerado pelo CPRM. O órgão monitora o nível dos rios na Amazônia desde 1971, mas a estação no Solimões fornece dados desde 1982. Em 2005, a taxa observada para o Solimões foi de 2 cm. As réguas usadas para medir o nível do rio estão instaladas perto de Tabatinga (AM), localizada na área de fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.
Gráfico de boletim do CPRM mostra níveis de água no Solimões perto de Tabatinga. A linha vermelha indica dados para 2010, a azul para 2009 e a rosa para 2005, ano em que havia sido registrada a maior vazante. (Foto: Reprodução/ CPRM)
Cidades no Peru já sentem os efeitos do baixo nível de água no Rio Amazonas, como é chamado o Solimões antes de entrar em território brasileiro. No Brasil, a seca isolou quatro municípios no interior do Amazonas abastecidos pelo Purus e pelo Juruá, afluentes do Solimões. Além disso, a Defesa Civil emitiu estado de alerta para 25 cidades.




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